Morreu Bobby Fischer
Óbito: Bobby Fischer morreu com 64 anos refugiado na Islândia
O xadrez é uma guerra sobre um tabuleiro em que o objectivo é derrotar o pensamento do adversário e Bobby Fischer, falecido na quinta-feira em Reiquejavique, na Islândia, levou a ideia às últimas consequências: ele conseguiu em 1972, ainda nos tempos da chamada ‘guerra fria’ EUA-URSS, ganhar o título mundial de Xadrez que para os soviéticos era uma espécie de atestado de supremacia da inteligência, produzida pelo ‘socialismo real’. Após a derrota na corrida à Lua em 1969, a URSS sentiu a sua força inteligente destroçada pelos imparáveis xeques do americano que acabaram com 24 anos consecutivos de campeões soviéticos.
Bobby Fischer era um fenómeno de inteligência e os testes apontaram-lhe um Quociente de Inteligência (QI) acima de 181. Houve quem lhe desse 184 e também quem lhe atribuísse 187. No Xadrez, ele revelou-se rapidamente um jogador genial e invencível. Aprendeu as regras com seis anos e aos oito já enfrentava os grandes mestres nos festivais de simultâneas no Brooklyn Chess Club, em Nova Iorque. Tinha apenas 14 anos quando conquistou o seu primeiro título de campeão absoluto de Xadrez dos EUA e ganhou oito títulos consecutivos até 1966. Ao longo da sua carreira internacional, que se resumiu à década 1962-72, ele venceu quase todos os torneios em que participou. Só houve duas excepções: no Capablanca Memorial, em 1965, quando foi superado por Spassky, e na Piatigorsky Cup de 1966, ganha por Smyslov, os seus dois vencedores eram ambos campeões do Mundo.
O ceptro mundial de Xadrez passou para Spassky em 1972. Após arrasar vários candidatos por 6-0 à maior de 10, superou Petrosian (ex--campeão mundial) por 7,5-2,5 e no meio de uma tempestade política disputou o título a Boris Spassky em Reiquejavique, a capital da Islândia, onde morreu. Entre 11 de Julho e 1 de Setembro de 1972, em 21 partidas, venceu sete, empatou 11 e perdeu três. Recebeu 200 mil dólares, além do título que nunca mais pôs em disputa. Vinte anos depois rompeu com os EUA que detestava para jogar uma desforra em Belgrado, na Sérvia de Milosevic. Passou à clandestinidade até ser detido em 2004 no Japão e conseguiu asilo na Islândia. Teve uma vida louca à medida do seu génio.
PERFIL
Robert James Fischer nasceu em Chicago a 9 de Março de 1943, filho de um alemão nascido em Berlim e investigador em Biofísica. Os pais separaram-se quando ele tinha dois anos e a mãe, Regina Wender, levou-o para Nova Iorque porque queria fazer um mestrado em Educação de Bebés. No bairro de Brooklyn, revelou-se um génio: aprendeu a jogar Xadrez aos seis anos e aos oito já derrotava campeões absolutos.
in Correio da Manhã - ler notícia
O xadrez é uma guerra sobre um tabuleiro em que o objectivo é derrotar o pensamento do adversário e Bobby Fischer, falecido na quinta-feira em Reiquejavique, na Islândia, levou a ideia às últimas consequências: ele conseguiu em 1972, ainda nos tempos da chamada ‘guerra fria’ EUA-URSS, ganhar o título mundial de Xadrez que para os soviéticos era uma espécie de atestado de supremacia da inteligência, produzida pelo ‘socialismo real’. Após a derrota na corrida à Lua em 1969, a URSS sentiu a sua força inteligente destroçada pelos imparáveis xeques do americano que acabaram com 24 anos consecutivos de campeões soviéticos.
Bobby Fischer era um fenómeno de inteligência e os testes apontaram-lhe um Quociente de Inteligência (QI) acima de 181. Houve quem lhe desse 184 e também quem lhe atribuísse 187. No Xadrez, ele revelou-se rapidamente um jogador genial e invencível. Aprendeu as regras com seis anos e aos oito já enfrentava os grandes mestres nos festivais de simultâneas no Brooklyn Chess Club, em Nova Iorque. Tinha apenas 14 anos quando conquistou o seu primeiro título de campeão absoluto de Xadrez dos EUA e ganhou oito títulos consecutivos até 1966. Ao longo da sua carreira internacional, que se resumiu à década 1962-72, ele venceu quase todos os torneios em que participou. Só houve duas excepções: no Capablanca Memorial, em 1965, quando foi superado por Spassky, e na Piatigorsky Cup de 1966, ganha por Smyslov, os seus dois vencedores eram ambos campeões do Mundo.
O ceptro mundial de Xadrez passou para Spassky em 1972. Após arrasar vários candidatos por 6-0 à maior de 10, superou Petrosian (ex--campeão mundial) por 7,5-2,5 e no meio de uma tempestade política disputou o título a Boris Spassky em Reiquejavique, a capital da Islândia, onde morreu. Entre 11 de Julho e 1 de Setembro de 1972, em 21 partidas, venceu sete, empatou 11 e perdeu três. Recebeu 200 mil dólares, além do título que nunca mais pôs em disputa. Vinte anos depois rompeu com os EUA que detestava para jogar uma desforra em Belgrado, na Sérvia de Milosevic. Passou à clandestinidade até ser detido em 2004 no Japão e conseguiu asilo na Islândia. Teve uma vida louca à medida do seu génio.
PERFIL
Robert James Fischer nasceu em Chicago a 9 de Março de 1943, filho de um alemão nascido em Berlim e investigador em Biofísica. Os pais separaram-se quando ele tinha dois anos e a mãe, Regina Wender, levou-o para Nova Iorque porque queria fazer um mestrado em Educação de Bebés. No bairro de Brooklyn, revelou-se um génio: aprendeu a jogar Xadrez aos seis anos e aos oito já derrotava campeões absolutos.
in Correio da Manhã - ler notícia
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